Companhia João Garcia Miguel e Danças Ocultas levam ao palco poema de Fernando Pessoa; Peça estreia a 26 de setembro e junta teatro com música tradicional portuguesa -
“Ode Marítima” é a nova produção da Companhia João Garcia Miguel, que se estreia no palco do Teatro Aveirense no dia 26 de setembro. A dar vida ao poema está aquele que é também o encenador do espetáculo, João Garcia Miguel, e o grupo de acordeonistas portugueses Danças Ocultas, que acompanham a interpretação do texto com música ao vivo, criada exclusivamente para a obra.
O espetáculo, que junta teatro e música, é baseado no poema de Álvaro de Campos e apresenta aos espetadores uma multiplicidade de perspetivas sobre a sociedade, aspeto característico da escrita de Fernando Pessoa. Ao regressar à infância do poeta do século XX, a obra debate temas como a solidão, a confusão da cidade e a fantasia, contando ainda com várias narrativas, que do início ao fim fazem uso da ironia. A interpretação completa-se ainda com o som e luz cénica, que aqui se revelam centrais para a experiência do espetador.
“Há textos da literatura portuguesa que são incontornáveis e que, pela sua força e história, nunca desaparecem do nosso imaginário. O poema “Ode Marítima” é um deles, e, por isso, quisemos trazê-lo a palco com uma roupagem diferente, mais adaptada aos dias de hoje, e longe de uma leitura direta e naturalista do texto original”, explica João Garcia Miguel, ator e encenador do espetáculo.
A peça sobe ao palco do Teatro Aveirense às 21h30 do dia 26 de setembro, depois da Companhia João Garcia Miguel ter aí estado em residência artística para a construção do espetáculo. Os bilhetes têm um custo de 5€ e podem ser adquiridos na Ticketline ou na bilheteira do próprio teatro.
De forma a garantir a máxima segurança dos espetadores e dos artistas, a apresentação é marcada pelo cumprimento de todas as medidas de segurança e higiene exigidas pela Direção-Geral de Saúde.
Sobre a Companhia João Garcia Miguel
A Companhia João Garcia Miguel, fundada em 2002, é uma companhia de criação artística contemporânea que pesquisa o desenvolvimento artístico e criativo em artes performativas, exploradas no teatro, e cujo diretor artístico é o encenador com décadas de carreira João Garcia Miguel. Tem como eixo principal da sua atividade artística a ligação entre a Liberdade e o Teatro, tendo como objetivo central provocar uma mudança e diferença social no mundo atual. A companhia conta com inúmeras criações distinguidas e premiadas, tais como a peça Yerma, em 2014, premiada com o Prémio SPA para o Melhor Espetáculo de Teatro e, em 2008, João Garcia Miguel recebeu também o Prémio FAD Sebastià Gasch, em Espanha.
Sobre Danças Ocultas
Danças Ocultas é um grupo musical português criado em 1989, em Águeda, que cruza a música tradicional com a contemporânea, através do acordeão. Composto por Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel, o grupo celebrou, em 2019, 30 anos de atividade.
Imagens: https://we.tl/t-AVyeodpHk6
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