ADRO DA CAPELA DA N. SRA. DA ALEGRIA

Localização

Freguesia: Vera - Cruz
Rua/Lugar: Sá – Barrocas: Adro da Capela da Senhora da Alegria, ao nível da Avenida da Força Aérea
Local Original: Sim

Identificação

Designação: Painel de azulejos do adro da Capela da Nossa Senhora da Alegria
Data de colocação: 2001
Efeméride: aquando a regularização das obras do adro da capela

Promotor

Nome/Instituição:

Caracterização

Autor: Zé Augusto
Oficina:
Materiais: azulejo

Descrição

Painel de revestimento do suporte do adro com desenhos evocativos da tradição piscatória e marítima da região. Horizontalmente, encontra-se representada uma figura feminina que ostenta um peixe (semelhante a um bacalhau) na mão esquerda.

Predominam, naturalmente, as cores azuis que se conjugam com os tons terra (verdes e castanhos).

Historial

JOSÉ AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS, mais conhecido por Zé Augusto, nasceu a 12 de Fevereiro de 1930, em Aveiro.

Entre 1945 e 1950 estudou desenho e pintura cerâmica na Escola Industrial Fernando Caldeira, tendo como mestres: em pintura Gervásio Aleluia e Hernâni Moreira; em desenho, Júlio Sobreiro, Ferreira Alves e Porfírio de Abreu. Em 1946 iniciou a sua actividade como profissional de cerâmica, nas Faianças de S. Roque e, dois anos mais tarde, na Fábrica "Artibus".

Em 1959 mudou-se para a Fábrica Aleluia, como aprendiz de pintor de painéis, mantendo-se nesta actividade até 1964, data em que é transferido para a actividade de modelador e formista cerâmico. De 1962 a 1964, recebeu a orientação, em alguns trabalhos de escultura, do escultor Mário Truta.

Em 1969, ajudou a montar uma oficina em Aradas, juntamente com Aníbal e Dolívio Correia.

Em 1973 fez a sua 1ª exposição no "Convés" (Cais dos Botirões) e, nesse mesmo ano, ausenta-se para Angola, onde montou uma oficina de cerâmica com o seu irmão Manuel Máximo. Regressou a Portugalem 1975 e começou a trabalhar comomodelador cerâmico nas Faianças de Outeiro, em Águeda.

Em 1977, criou a sua própria oficina, na Rua Mário Sacramento, em Aveiro. Em 1982, mudou-se para S. Bernardo, onde ainda se mantém em actividade. Do seu atelier têm saído inúmeras peças inspiradas na paisagem e no meio humano locais, aspecto em que se afirma como um barrista do nível da boa tradição aveirense.

Faz parte do grupo Aveiro-Arte, desde a sua fundação, na qual colaborou em algumas exposições.

Bibliografia

C.M.A (1983). 100 anos de Artes Plásticas 1882 – 1982. Aveiro: CMA. p. 111