- Celebração do 139.º aniversário com estreia de peça do Teatro Nacional São João -
Atriz brasileira Cláudia Raia traz comédia musical; Companhia Nacional de Bailado apresenta Martha Graham e Kurt Joos. Salvador Sobral, Capicua, Mafalda Veiga e Miguel Angelo entre os destaques musicais.
O Teatro Aveirense (TA) acaba de lançar a programação do seu primeiro trimestre de 2020, anunciando uma forte aposta no teatro, na dança e na música, sem esquecer as restantes áreas em que esta estrutura se tem afirmado, como o cinema e a formação, entre outras. Nos principais nomes a fixar, conte-se com produções do Teatro Nacional São João e da Companhia Nacional de Bailado ou as atuações de Salvador Sobral, Capicua e Mafalda Veiga, não esquecendo a vinda da atriz brasileira Cláudia Raia com uma comédia musical.
Teatro
A aposta no teatro é desde logo evidente na data em que o TA celebra o seu 139.º aniversário, a 5 de março. Para esse dia está marcada a estreia da peça Castro, do Teatro Nacional São João, o clássico de António Ferreira encenado por Nuno Cardoso. São três dias de espetáculo e uma festa dupla, visto que o Teatro Nacional São João celebra os seus 100 anos a 7 de março, na derradeira etapa desta sua visita a Aveiro.
O teatro tem outro destaque com a peça Conserto Para Dois, uma comédia musical interpretada por Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello. Está marcada para 14 e 15 de março e tem como pano de fundo uma viagem de cruzeiro emocionalmente atribulada.
Imperdível é ainda o espetáculo Desafios, a 17 de janeiro, que faz o cruzamento do novo circo com o teatro. É uma criação do Trigo Limpo Teatro ACERT e de João Paulo Santos, tendo como ponto de partida as Cartas a Theo, de Vincent Van Gogh.
Também as companhias locais têm lugar no palco maior do Teatro Aveirense, sendo disso exemplo a companhia Start - Teatro, que a 15 de fevereiro leva à cena a peça Antígona em Nova York, segundo um texto de Janusz Glowacki com dramaturgia de Cláudia Stattmiller.
Música
Na música, realce-se o concerto Salvador Sobral Canta Brel, agendado para 10 de fevereiro. É uma homenagem do cantor português a essa figura maior da chanson française, num concerto em que cada palavra e cada sílaba contam, com apenas três espetáculos em todo o país.
Também Capicua marca presença no TA, numa apresentação do álbum Madrepérola, a 20 de março, que conta com uma convidada especial: Lena D’Água. Este novo disco de Capicua trata da afirmação da mulher, pelo que a junção em palco destas duas grandes figuras da música nacional reforça a sua mensagem de forma incontestável.
Outro nome a ter em conta é o de Miguel Angelo, que a 18 de janeiro está no Teatro Aveirense com os D’Alva como convidados. Vem revelar os temas do seu novo álbum, NOVA (pop), e mostrar por que o seu talento nunca perde atualidade nem sentido de oportunidade.
Mafalda Veiga atua, por sua vez, a 14 de fevereiro, dia de São Valentim, numa data intimista na qual a cantora vai percorrer o repertório de uma carreira que conta já com 30 anos de sucessos.
Como tem sido hábito, as quintas-feiras continuam a ser assinaladas com música, continuando a receber os ciclos Novas Quintas e Há Noite, No Estúdio. Os projetos com que se poderá contar este trimestre são White Haus (9 janeiro), Wipeout Beat (16 janeiro), Meera (6 fevereiro), A.Bagageira (20 fevereiro), Whales (12 março) e Plastic People (26 março).
Dança
Do lado da dança, não se pode deixar de sublinhar a vinda da Companhia Nacional de Bailado, a 27 de março, com duas obras fundamentais na história da dança contemporânea: Chronicle, de Martha Graham, e A Mesa Verde, de Kurt Jooss. Une-as o fato de terem sido criadas na década de 1930 e de abordarem o tema da guerra, entre as mazelas da Primeira Grande Guerra e a ameaça de um novo conflito na época.
Ponto alto nesta área é também a 25.ª edição do Estágio de Dança, que tem pelo quarto ano consecutivo a curadoria de Victor Hugo Pontes. O evento arranca a 30 de março e consiste num grande encontro formativo em que os participantes exploram diferentes ferramentas técnicas e criativas de modo a enriquecerem a sua linguagem artística.
Mais um destaque vai para Só Que Não, da Companhia Instável, que explica e põe em prática a Patafísica, uma ciência e filosofia inventada por Alfred Jarry, aqui na forma de um espetáculo-palestra. Entra em cena a 23 de janeiro.
Outro espetáculo a ter em conta é Ex Movere, de Diana Sábio e Susana Pereira, dois nomes emergentes da dança nacional. Estreiam a 22 de fevereiro esta sua obra, dedicada ao encontro com “o outro” e aos estados emocionais daí resultantes.
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