MADMADMAD, Mimi Sá Coutinho, Luís Guerra e João Pedro Fonseca em nova criação
O projeto ECOS__ Encontros de Criação para Online Streaming, criado pelo Teatro Aveirense e pelo GrETUA em parceria com a Uiversidade de Aveiro, lança hoje, dia 30 de dezembro, o seu segundo vídeo. Este novo episódio alia os MADMADMAD (música), Mimi Sá Coutinho (vídeo), Luís Guerra (dança) e João Pedro Fonseca (desenho de luz), numa criação que celebra o encontro entre várias disciplinas artísticas. O vídeo pode ser encontrado na área Digital do site do Teatro Aveirense (www.teatroaveirense.pt/pt/digital), integrando uma estratégia desta instituição para a área online, com conteúdos originais.
Depois do primeiro episódio se ter focado na transformação do palco para o formato audiovisual, através dos intérpretes João Pais Filipe, Carminda Soares e Maria R. Soares, e através do olho do realizador Aveirense Nuno Barbosa, o segundo parte do sentido inverso, o de um formato bastante conhecido como é o do videoclip, para tentar chegar à performatividade e à improvisação mais tradicional nos espetáculos de cena. Para isso, em muito terá contribuído não só a música criada pelo trio londrino MADMADMAD, como o percurso da realizadora Mimi Sá Coutinho, que já trabalhou com Rui Reininho, António Zambujo, Tiago Nacarato, entre muitos outros.
Com epicentro em Aveiro, o ECOS_ Encontros de Criação para Online Streaming promove a criação artística para os palcos digitais. A iniciativa consiste num ciclo de vídeos pensados para as plataformas digitais, com criações originais encomendadas a artistas de várias áreas. O primeiro, ainda em formato piloto, teve como protagonistas o músico João Pais Filipe e duas intérpretes da dança, Maria R. Soares e Carminda Soares, com realização a cargo de Nuno Barbosa.
O ECOS_ promove não só a criação de conteúdos audiovisuais como o cruzamento entre diferentes artistas e disciplinas, com enfoque especial nas artes de palco. A matriz passa por lançar o desafio a dois ou mais artistas para cocriarem espetáculos para o formato audiovisual, seja a partir de trabalhos que já possuam ou novas obras, aos quais se junta um realizador. Com esta linha de trabalho promove-se a criação transdisciplinar e o encontro de autores, assim como a diversidade das obras produzidas.
O projeto tem acrescidamente uma dimensão pedagógica, uma vez que irá envolver várias equipas do GrETUA e do Teatro Aveirense no apoio à produção e conceção das obras, para além de contemplar, de igual modo, oficinas de formação com os realizadores convidados, abertas à comunidade interessada e a serem lecionadas na Universidade de Aveiro.
O ECOS_ pretende, assim, ser mais um contributo para uma reflexão ampla sobre o que poderá ser o futuro da fruição cultural. Esta questão, que já vem sendo abordada por quem pensa a Cultura Contemporânea e os seus modos de usufruto, tem sido um tema recorrente desde o princípio da pandemia Covid-19, pelo que importa agora pensá-la à luz deste contexto e a partir de uma prática. Uma reflexão que tem a criação artística no seu âmago, mas que abarca outros assuntos, como as possibilidades tecnológicas, a fruição intermediada, a definição de serviço público e a gestão de estruturas culturais, entre outros.
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