A 10 de junho celebra-se o Dia Mundial Arte Nova, uma efeméride assinalada pelas principais cidades europeias que fazem parte da “Réseau Art Nouveau Network”, da Rota Cultural Arte Nova do Conselho Europeu, bem como por Museus e Instituições com coleções Arte Nova, por toda a Europa.
Neste sentido a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) irá celebrar este movimento artístico com a realização de várias ações, adaptadas ao contexto atual, no decorrer do presente mês.
10 JUN | 18h00 – DIA MUNDIAL ARTE NOVA - “Arte Nova de Aveiro. Estudo Arquitetónico” [Presencial e Redes Sociais]
Lançamento e apresentação da obra “Arte Nova de Aveiro. Estudo Arquitetónico” da autoria do Arquiteto Pedro Silva.
A sessão decorrerá na Casa de Chá do Museu Arte Nova e as entradas serão limitadas ao número de presenças imposto pelo Plano de Contingência anti Covid-19 em vigor. A sessão será transmitida em direto, nas páginas de Facebook do Município de Aveiro.
O Arquiteto Pedro Luís Silva apresenta-nos nestas páginas o capítulo da sua tese de doutoramento dedicada a Aveiro onde se fez a análise gráfica dos edifícios Arte Nova em Portugal, que prova cientificamente, como até aqui não se tinha conseguido, que é em Aveiro que o movimento ganha a sua maior expressão nacional. Uma edição da CMA.
11 JUN | 18h30 – Happy Hour nos Museus de Aveiro [Redes Sociais]
René Lalique no Museu Calouste Gulbenkian, por Luísa Sampaio, curadora da Fundação Calouste Gulbenkian
Em parceria com o Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, que acolhe uma das melhores coleções do mundo de joalharia de René Lalique*, mestre vidreiro e joalheiro francês, e verdadeiras esculturas que captam a natureza na sua essência, o Museu da Cidade irá dedicar a Happy Hour deste mês à apresentação digital de algumas das peças desta coleção, obras únicas e etéreas que se inserem na corrente artística Arte Nova.
20 JUN – Abertura da Exposição “Senhora do Mar – joalharia contemporânea [fotografia e instalação]”
Trata-se de uma exposição de joalharia contemporânea de Sandrine Vieira, no Museu Arte Nova, inspirada pela frescura e pelas histórias que o mar nos traz, nos faz sentir… os sons, os cheiros, as cores, o frio, o calor, a brisa.
Patente até 26 de julho, a exposição tem uma linguagem contemporânea, onde as peças exploram as formas orgânicas e da natureza retomando um dos princípios essenciais à Arte Nova, ao mesmo tempo que refletem uma das áreas em que este movimento cultural e artístico se destacou: a joalharia. Motivos mais do que suficientes para que a exposição encontre no Museu Arte Nova um espaço privilegiado para que seja dada a conhecer aos aveirenses e aos visitantes da cidade.
*Mais informações:
René Lalique, mestre vidreiro e joalheiro francês, internacionalmente reconhecido pela originalidade das suas peças de joalharia, cristais, candeeiros e relógios com desenho Arte Nova e Arte Deco. Começou a sua atividade como joalheiro aprendiz aos 16 anos com Louis Aucoq, tendo recebido posteriormente formação na Ssydenham Art College, em Londres. Ao regressar a França trabalhou com grandes marcas como Aucoq, Cartier e Boucheron. Produziu, também, peças para Samuel Bing, em Paris.
Em 1886 abre a sua própria joalharia, reconhecida pelas joias Art nouveau, onde proliferam formas de insetos, reais e imaginários. Inovou a joalharia da sua época, pelo recurso a novos materiais como o vidro, esmalte, couro, marfim, nácar que conjugou com pedras preciosas e semipreciosas, resultando numa valorização do trabalho artístico sobre o próprio valor material das peças.
A Fundação Calouste Gulbenkian detém uma das mais importantes e numerosas coleções de peças Lalique do mundo.
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