Está em plena execução, tendo tido o seu início na passada quarta-feira, a construção da nova Variante Rodoviária de Cacia, integrada no Plano de Pormenor de Parte da Zona Industrial de Cacia, um investimento global de aproximadamente 1.200.000€ (compra de terrenos e empreitada), prevendo-se a sua conclusão até ao final do primeiro semestre de 2017, constituindo esta obra uma condição necessária para a construção da nova fábrica de papel tissue da empresa The Navigator Company (com capacidade final de produção de 240.000 toneladas por ano, um investimento próximo dos 420 milhões de euros e uma projeção de criação de cerca de 300 novos postos de trabalho, até ao ano de 2022), assim como para a qualidade de vida dos residentes na zona nascente de Cacia e para a segurança dos automobilistas que circulam naquela zona.
Esta nova infraestrutura rodoviária cria um novo acesso entre a antiga EN109 e a Rua Bombeiros da Celulose, em Cacia, desativando em definitivo, o arruamento privado da Portucel que hoje é utilizado atualmente para acesso ao centro de Cacia (com relevantes risco para os seus utilizadores), reformulando também a gestão de tráfego na antiga EN 109 nesse local (substituindo os cruzamentos existentes por duas rotundas), aumentando assim a capacidade de escoamento de trânsito, a segurança e o conforto de quem circula nesta zona do Município de Aveiro.
Por força desta obra em Cacia, da obra da Rotunda do Botafogo em Verdemilho e de mais quatro outras obras que vão decorrer em toda a extensão da EN109 durante cerca de um ano, o Presidente da CMA promoveu várias diligências junto do Ministro do Planeamento e Infraestruturas e de outros membros do Governo e da Administração Central, para que durante cerca de um ano, a circulação no troço da A17/A25 entre o nó da A17 com a Variante à EN235 e nó de Angeja da A17/A25, fosse isento de portagens, cuidando das condições de segurança e fluidez da EN 109 e visando aliviar a sua intensidade de tráfego, que sendo normalmente muito alta, vai aumentar a intensidade e a dificuldade de circulação e de fluidez por força das obras em curso e a decorrer nos próximos meses. (ver ofício AQUI)
Embora não tivéssemos conseguido ter acesso ao valor estimado da isenção solicitada com base na estatística de utilização do troço em causa dos últimos anos (apenas da circulação entre os dois nós em causa, e pressupondo um valor baixo dado o facto de o tráfego de circulação mais local ter saído da A17 para a EN109 com o início da cobrança de portagens), o Governo recusou a proposta da CMA alegando a elevada perda de receita que essa isenção acarretaria. (ver ofício AQUI)
A CMA lamenta profundamente esta decisão do Governo, que considera errada, injusta e desadequada à boa gestão da realidade do Município de Aveiro, numa situação de absoluta excecionalidade, reiterando no entanto a sua determinação em realizar as importantes obras em causa na EN109, em nome da segurança e da qualidade da circulação dos seus utilizadores.
A CMA solicita a todos os utilizadores da denominada EN109, a maior compreensão para as obras que decorrem e vão decorrer nos próximos meses, e que visam melhorar as condições de segurança de quem circula e reside nesta via, e de outros problemas relevantes como o do escoamento das águas pluviais nalguns troços desta importante rodovia municipal.