
Neste início do mês de março de 2017, assinalamos os 136 anos da fundação do Teatro Aveirense, honrando a sua história com crescimento e aposta no futuro, registamos o primeiro ano da nova gestão do Teatro Aveirense com a direção do Dr. José Pina, enaltecemos 2016 como o melhor ano do Teatro Aveirense desde a sua reabertura em 2003, e reiteramos o compromisso de fazer mais e melhor.
O ano de 2016 assumiu-se como de especial relevância para o Teatro Aveirense:
- concretizámos uma profunda mudança do paradigma e da lógica do seu funcionamento com um novo modelo de organização, com um novo Diretor Geral (que acumula a direção artística), o Dr. José Pina, e com uma renovada equipa;
- a sua gestão passou de duas empresas municipais (a TEMA e a TA) para a Câmara Municipal de Aveiro (CMA), num delicado processo executado com sucesso;
- implementámos uma nova imagem e estratégia de comunicação;
- definimos novos desafios e objetivos estratégicos, honrando a sua história com o assinalar dos 135 anos da sua fundação;
- colocámos o TA como elemento ativo de toda a política cultural da CMA, trabalhando em equipa com outras unidades orgânicas da CMA e liderando novas apostas como o Festival dos Canais.
As novas dinâmicas e hábitos culturais exigiram do Teatro Aveirense uma abordagem que valoriza uma oferta capaz de corresponder às expectativas de “novos” e “diferentes públicos”, estimulando simultaneamente a sua participação e o sentido crítico.
Em 2016 o Teatro Aveirense assumiu querer ser um teatro mais exigente, mais dinâmico, mais pujante, com a aposta clara em diversificar, qualificar e formar públicos, em complementaridade com os outros equipamentos culturais do Município, da Região de Aveiro e de Portugal.
Os eixos estruturantes de atuação do Teatro Aveirense assentaram numa renovada organização interna, na adopção de uma filosofia de programação pluridisciplinar e recetiva às novas tendências e aos novos valores da criação artística contemporânea nacional e internacional, assim como no estímulo ao tecido criativo nacional, local e regional.
Existiu uma preocupação evidente nos “novos públicos”, nas novas linguagens artísticas e na consolidação dos públicos entretanto já conquistados fruto de um novo equilíbrio na oferta cultural.
Recentrar e afirmar a acção do Teatro Aveirense, em concreto na sua relação com o Município, com a Região de Aveiro e na sua dimensão nacional, assumiram-se como objetivos estratégicos, ao mesmo tempo que as Associações Culturais do Município acederam mais a este palco principal da cultura aveirense.
O reforço de algumas áreas de programação, a vontade em integrar e apoiar a criação artística nacional e local, e a participação em redes de criação, produção e programação cultural a uma escala nacional e internacional, foram objectivos estratégicos identificados e alcançados em 2016, assumindo a vontade de recentrar o Teatro Aveirense como uma das principais salas de programação cultural do País.
Fruto desta dinâmica e como exemplos do trabalho desenvolvido, há a registar a estreia nacional de projectos na área da música como “Señoritas” , “Rita Redshoes”, ou o lançamento do novo cd de “Ela Vaz” e dos “Souq” (artistas de Aveiro). Acresce a estreia nacional e a residência artística da peça de teatro “ O Conto de Inverno” da companhia Teatro Oficina ou a residência artística do projecto ”Climas” da Companhia Circolando.
Simultaneamente, assistiu-se à criação de novos eventos na programação do Teatro Aveirense como o Ciclo de Concertos “ Há Noite No Estúdio”, o Festival de Cinema Italiano e o emblemático Festival Sons Em Trânsito, que nove anos após a sua realização voltou para encantar a comunidade musical nacional e em particular Aveiro, num regresso ao nosso território de um dos momentos mais diferenciadores no panorama artístico nacional e que transformou o Teatro Aveirense num palco “do tamanho do mundo”.
Por último refira-se o papel essencial e determinante do Teatro Aveirense na primeira edição do Festival dos Canais, assumindo a gestão, programação e organização global do Festival, facto que reflecte a dinâmica do Teatro e a aposta em assumir-se como polo central em toda a dinâmica cultural do Município.
O resultado deste novo Teatro Aveirense como um polo central na dinâmica cultural do Município e da Região, deste espaço de encontro, de cidadania, dinâmico e exigente, deste Teatro Maior e de Excelência, encontra-se patente nos seguintes dados:
- Número de Espetáculos: 161;
- Número de Sessões: 199.
Estes números fazem de 2016 o melhor ano de sempre do Teatro Aveirense desde a sua reabertura em 2003, ao nível de público com 40.775 espectadores e ao nível das receitas de bilheteira com um total de 268.823,25€.
Prosseguimos com total empenho e motivação o caminho de crescimento do Teatro Aveirense e da Câmara Municipal de Aveiro, por mais e melhor cultura.