- Peeping Tom (B), Marcos Barbosa, Marie de Jongh (ESP)
e Sean Riley & The Slowriders -
O ano de 2022 começa no Teatro Aveirense com uma programação forte e diversificada, onde não faltam destaques em várias áreas artísticas. O teatro, a dança, a música e o cinema fazem parte da agenda de janeiro, com propostas nacionais e internacionais que prometem surpreender o público.
DANÇA
Na Dança, um dos momentos mais fortes será, com certeza, o espetáculo Kind, da companhia belga Peeping Tom. Trata-se de uma fusão entre a dança e o teatro que mergulha o público num universo distante e fora do comum, repleto de contos de fadas e magia. Tendo por cenário uma floresta sombria, a ação decorre num mundo que antecede o bem e o mal, um lugar onde a terra fala, as crianças crescem das árvores e acontecimentos estranhos despertam a curiosidade. Kind tem encenação de Gabriela Carrizo e Franck Chartier e apresenta-se com uma grande complexidade visual, composta por cenários deslumbrantes. A ver no dia 30 de janeiro.
TEATRO
Também promissor se revela o espetáculo Profecia do Princípio do Mundo, encenado por Marcos Barbosa a partir de um texto de Jacinto Lucas Pires em diálogo com textos de Padre António Vieira. Relata-se a história de Uaiquê, que sai para caçar e encontra um livro. Esse acontecimento-rutura na Amazónia faz aparecer, da forma mais simples e mais misteriosa, António Vieira. Sobe ao palco no dia 20.
MÚSICA
Na música, logo no dia 1 realiza-se o tradicional Concerto de Ano Novo, da Orquestra Filarmonia das Beiras, no qual se voltará a ouvir uma seleção de valsas, polcas e marchas da família Strauss, assim como obras de outros compositores que farão entrar o Novo Ano em ambiente festivo. Sob a direção do maestro António Vassalo Lourenço, haverá também uma homenagem à guitarra portuguesa, apresentando um repertório para este instrumento com o guitarrista Paulo Soares, considerado um dos mais versáteis e generosos guitarristas de sempre.
A rubrica mensal Novas Quintas entra em cena no dia 13 com um concerto de João Borsch, músico impulsionado pela excentricidade e um ecletismo inabalável, que escreve e produz canções que emanam tanto de revivalista como de megalómano. Vem ao Teatro Aveirense mostrar o seu novo e ambicioso disco Uma Noite Romântica com João Borsch.
Destaque ainda para o concerto do pianista Filipe Raposo, no dia 22, no qual o músico faz a apresentação do seu álbum Øcre. É o primeiro disco de uma trilogia que desenvolve uma reflexão artística sobre três cores: vermelho, preto e branco. Um ensaio sonoro que entrelaça temas inéditos do pianista com reinterpretações de outras obras de Bach, Monteverdi e uma melodia tradicional açoriana, num misto de jazz, música erudita e cancioneiro tradicional.
Por fim, sublinhe-se a apresentação do novo álbum de Sean Riley & The Slowriders, no dia 27. Tendo por título LIFE, este é um disco que segue por novos caminhos, mantendo o destino de sempre no horizonte. Há mais beats do que no disco anterior e menos guitarras do que em qualquer outro registo. Há um travo a fim de noite em clubes perdidos que é particularmente nostálgico num mundo onde não há noite.
FAMÍLIAS
Para as famílias conte-se com Amour, de Marie de Jongh, um espetáculo teatral de grande formato que faz uma reflexão sobre a linha ténue entre a falta de afeto e o amor incondicional. Uma canção que promove o encontro entre diferenças, um apelo à libertação de preconceitos. Teatro adulto para crianças e teatro infantil para adultos. Apresentação marcada para o dia 15.
CINEMA
No cinema, conte-se com as habituais sessões da rubrica Os Filmes das Nossas Terças. O mês de janeiro será preenchido com os filmes Nunca Nada Aconteceu, de Gonçalo Galvão Teles (dia 4), Oldboy - Velho Amigo, de Park Chan-Wook (dia 11), Benedetta, de Paul Verhoeven (dia 18) e Compartimento nº6, de Juho Kuosmanen (dia 25).
EXPOSIÇÃO
Até 31 de março o público continuará a poder visitar a exposição Teatro Aveirense 140 Anos. Instalada no Salão Nobre, esta mostra revela a história do Teatro Aveirense e o património gráfico e visual do seu arquivo, recorrendo a uma coleção de materiais que remontam à data da sua inauguração, em 1881, e se prolongam por várias décadas.
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