Espaço Autores [Atlas]
Sexta-feira 19 maio
21h30 O Manifesto da Poesia | Filipa Leal e Pedro Lamares
Entre o teatro e a escrita, a longa colaboração e também duradoura amizade entre os dois, entrelaça-se nessa bonita trança que é a poesia.
Das noites de declamação nas caves do Café Pinguin, no Porto, até à tela da RTP 2, em programas como “Literatura Aqui” ou “Nada Será Como Dante”, a divulgação literária e poética marca essa parceria com 25 anos de existência.
Num estilo provocador e irónico a dupla lê e diz “O Manifesto Pelos Leitores de Poesia”, da autoria de Filipa Leal, livro editado pela Abysmo, em 2015.
Convidados: Filipa Leal e Pedro Lamares, com a participação de Carolina Rocha
Sábado 20 maio
15h00 Sei agora como nasceu a alegria | José Fanha
Estão as crianças a perder competências motoras e emocionais devido a uma superproteção parental? Em que medida poderemos criar condições para que o brincar seja mais ativo e capaz de desenvolver competências físicas, sociais e emocionais? Uma conversa sobre educação e os alçapões de um mundo cada vez mais limitado para as crianças.
18h00 À conversa com Alberto Manguel
Alberto Manguel é um ensaísta, romancista premiado e autor de vários bestsellers internacionais, como Dicionário de Lugares Imaginários, Uma História da Curiosidade, A Biblioteca à Noite, Embalando a Minha Biblioteca, Com Borges, Uma História da Leitura e Um Diário de Leituras (publicados pela Tinta da China entre 2013 e 2022). Publicou em Portugal, em estreia mundial, o Livro de Receitas dos Lugares Imaginários (2021) e Guia de Um Perplexo em Portugal (2022). Foi diretor da Biblioteca Nacional da Argentina entre 2016 e 2018. Recebeu o Prémio Formentor das Letras em 2017. Atualmente, vive em Lisboa, onde dirige o “Espaço Atlântida: Centro de Estudos da História da Leitura”.
21h30 Conversa-concerto com Miguel Angelo
Um disco pode ser um livro? Sabemos que sim - e quem somos nós para negar o Nobel da Literatura atribuído a Bob Dylan? Obviamente sem comparações, mas os discos-viagens da carreira de Miguel Angelo encerram letras, histórias pessoais e universais - com que muitos se identificaram e identificam - e que levaram a outrora amaldiçoada "mensagem" à música pop de grande divulgação.
Autor de letras de canções, romances, contos e da sua autobiografia, Miguel Angelo estará presente este ano na Feira do Livro de Aveiro para uma sessão de conversa e música, onde a proximidade dará o tom.
Domingo 21 maio
11h00 Pratos com Histórias | Saphir Cristal
Saphir Cristal criou este projeto onde uma história é contada através de alimentos. No caso do "chef panqueca"as crianças podem ver alguns dos seus desenhos transformados em pequenas panquecas que mais tarde podem decorar.
16h30 Se pudesse coroava-te de rosas | Álvaro Laborinho Lúcio
Álvaro Laborinho Lúcio tem vários artigos publicados e inúmeras palestras proferidas sobre temas ligados à justiça, ao direito, à educação, aos direitos humanos e à cidadania em geral, é autor de livros como A Justiça e os Justos, Palácio da Justiça, Educação, Arte e Cidadania, O Julgamento: Uma Narrativa Crítica da Justiça e, em coautoria, Levante-se o Véu. Agraciado pelo rei de Espanha, com a Grã-Cruz da Ordem de S. Raimundo de Peñaforte, e pelo presidente da República Portuguesa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, é membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e doutor honoris causa pela Universidade do Minho. Em 2014 publicou O Chamador, seu primeiro livro de ficção, em 2016 o romance O Homem Que Escrevia Azulejos (finalista do Prémio Fernando Namora 2017), e em 2019 O Beco da Liberdade, todos na Quetzal.
Sábado 27 maio
15h30 Tinham lendas e mitos e frio no coração | Hélio Loureiro e Alberto Miranda
Republicanos há mais de um século, continuamos fascinados com as monarquias e aventuras da realeza. O que nos continua a atrair nas famílias reais, passadas e presentes? Uma viagem pelo universo de histórias, lendas, mitos e desgraças de famílias como as outras.
16h30 À conversa com José Rodrigues dos Santos
José Rodrigues dos Santos é sobretudo conhecido pelo seu trabalho como jornalista, carreira que abraçou em 1981, na Rádio Macau. Trabalhou na BBC, em Londres, de 1987 a 1990, e seguiu para a RTP, onde começou a apresentar o 24 horas. Em 1991 passou para a apresentação do Telejornal e tornou-se colaborador permanente da CNN entre 1993 e 2002.
Doutorado em Ciências da Comunicação, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, tendo ocupado por duas vezes o cargo de Diretor de Informação da televisão pública. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN: o Best News Breaking Story of the Year, em 1994, pela história “Huambo Battle”; o Best News Story for the Sunday, em 1998, pela reportagem “Albania Bunkers”; e o Contributor Achivement Award, em 2000, pelo conjunto do seu trabalho.
O Jardim dos Animais com Alma é o seu vigésimo terceiro romance.
18h00 À conversa com Itamar Vieira Júnior
Itamar Vieira Júnior é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos. O seu romance Torto Arado, aclamado pela crítica e pelo público, venceu o Prémio LeYa em 2018, além dos prémios Oceanos e Jabuti no ano seguinte. O enredo enfatiza trabalhadores sem-terra remanescentes do regime escravista, em especial as personagens femininas duplamente vítimas da violência que impera nas encostas mais afastadas, realidade representada por meio de uma sensível e sofisticada escrita. Tornou-se um verdadeiro best-seller no Brasil, com mais de 250 000 exemplares vendidos, e está a ser traduzido em mais de uma dúzia de países e estando prevista a sua adaptação televisiva. Doramar ou a Odisseia, já com várias edições no Brasil, reúne contos do autor escritos antes e depois da publicação do romance.
21h30 Conversa-concerto com Samuel Úria
Nascido no decote da nação, entre o Caramulo e a Estrela, Úria leva para os palcos o blues do Delta do Dão. De lenda rural para lenda urbana, tudo está certo: meio homem meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole.
Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rock’n’roll e pela estética low-fi, Samuel Úria tem ganho notoriedade desde 2008. Da sua discografia “oficial” em nome próprio, constam quatro LP e dois EP – “Canções do Pós-Guerra_solo”(2021); “Canções do Pós-Guerra” (2020); “Marca Atroz” (2018); “Carga de Ombro“ (2016); “O Grande Medo do Pequeno Mudo” (2013); e “Nem Lhe Tocava” (2009). Já na “não oficial” e associada à editora FlorCaveira, dois CD-R e um EP-R - “O Caminho Ferroviário Estreito”; “Em Bruto”; e a “Descondecoração de Samuel Úria”. A somar, colaborações nos projetos “Velhas Glórias”, “Ninivitas” ou “Maria Clementina”.
A par de prestações ao vivo vibrantes e inesquecíveis, Samuel Úria destaca-se entre pares pela sua singularidade no uso da língua materna, as suas canções podem ser encontradas no repertório de Ana Bacalhau, Ana Moura, António Zambujo, Cindy Kat, Clã, Cláudia Pascoal, HMB, Marta Hugon ou Miguel Araújo, consagrando-o como o mais interessante cantautor do século XXI.. Ainda no campo da composição, recentemente teve oportunidade de ser responsável pela banda sonora da série da SIC “Prisão Domiciliária” e, para uma encenação de Sandra Barata Belo sob um conto de Afonso Cruz, compôs para a peça “Cochinchina”.
Domingo 28 maio
11h00 A caixa dos nove lados | Historioscópio
“A caixa dos nove lados” mostra-nos um mundo mágico, escondido dentro duma velha caixa de costura. Um conjunto de criaturas estranhas e singulares levam-nos a enfrentar os medos através do poder das histórias
16h30 Nada podeis contra o amor | João Pinto Coelho
Num tempo ainda atravessado pela guerra na Europa, como pode responder o cidadão comum ao horror. Escritor celebrado por descrever o terror de guerras e perseguições, seja a judeus na idade média ou Alemanha de há 100 anos, refletem sobre a capacidade do ser humano em vencer o ódio e encontrar a salvação todos os dias.
Sábado 3 junho
21h30 Conversa-concerto | Márcia
Na música iniciou-se em 2009 com o EP “A Pele que Há em Mim”, seguindo-se os álbuns “Dá”, “Casulo”, “Quarto Crescente” e “Vai e Vem”. Em 2019 arrecadou o prémio José da Ponte da Sociedade Portuguesa de Autores, e ao longo destes anos conta com três nomeações para os Globos de Ouro da Sic/Caras, com os temas “Tempestade", “Insatisfação” e “A pele que há em mim (Quando o dia entardeceu)”, este último em dueto com J.P. Simões.
Depois de uma estreia em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, Márcia dedicou-se à edição do seu primeiro livro - "As estradas são para ir" - uma combinação de ilustrações suas, letras de canções, crónicas e partilha de pensamentos, tendo sido premiada com este livro pela aRitmar (Galiza) e prémios Bertrand. Paralelamente participou com os seus textos em várias publicações, destacando entre elas as crónicas semanais no JN, durante o estado de calamidade decretado pela pandemia de 2020.
Em 2022, após uma pausa por motivos de saúde, produz inteiramente e lança o seu quinto álbum, Picos e Vales, de onde reconhecemos os singles “Já Passou da Hora”, “Flor e a Fava”, “Meu amor bem sabes”.
Márcia tem percorrido todo o país com um espetáculo sempre emotivo, íntimo e ao mesmo tempo impactante, em que as suas canções são pautadas por uma narrativa de luz personalizada.
Márcia é um exemplo raro de consistência artística destacando-se pela sua música cuidada, as suas letras e a voz que nos fala ao mais íntimo segredo em cada um de nós, o que a já consolidou como um dos talentos maiores da composição em língua portuguesa.
Domingo 4 junho
15h30 A maior flor do mundo
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?” Porque perdem os crescidos a capacidade de serem livres e sonhar?
A palavra, a música e a dança. Foram estas três sementes que germinaram e deram vida a este espetáculo tão delicado e surpreendente.
Será através do imaginário dos mais novos que conseguimos chegar, novamente, aos mais doces e ternos recantos do nosso coração. Vamos sonhar?
Texto original: José Saramago
Criação e encenação: Vasco Letria com Sérgio Moras e Maria Inês Vilhena
16h30 Cansado de ser homem o dia inteiro | M.G. Ferry e Luís Corte-Real
Que universos ainda desconhecemos na literatura, que mundos e sagas continuam a ser escritos e descritos na literatura portuguesa? Uma viagem aos espaços inventados pela fantasia.
Feira do Livro 2023
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Alberto Manguel ©Jose Frade
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Alberto Miranda
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Filipa Leal e Pedro Lamares
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Hélio Loureiro
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Itamar Vieira Junior
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José Fanha
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José Rodrigues dos Santos
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João Pinto Coelho
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Luís Corte Real
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MG Ferrey
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Miguel Angelo
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Márcia (c)NashDoesWork
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Samuel Úria (foto Joana Linda)
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Sérgio Moras e Maria Inês Vilhena
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Álvaro Laborinho Lúcio (c) DR