O Teatro Aveirense propõe esta semana o concerto com o brasileiro Tim Bernardes, músico, compositor, produtor musical e multi-instrumentatista. Será no dia 22 de setembro, domingo, pelas 21h30.
Tim Bernardes já trabalhou com nomes como Tom Zé e David Byrne, entre outros. Com a sua banda, O Terno, tem três discos e um EP lançados, todos com composições da sua autoria. A solo estreou-se em setembro de 2017 com “Recomeçar” que esteve nas principais listas de melhores álbuns desse ano, consolidando Tim Bernardes como um dos grandes compositores brasileiros de sua geração.
Caetano Veloso não lhe poupa elogios: “Uma maravilha de afinação, controle da dinâmica, refinamento, execução instrumental e liberdade na elegância do uso do palco e da luz - além das composições personalíssimas de caminhos fascinantemente desviantes… Tive certeza de que a música brasileira é forte sempre. Quem vê um concerto de Tim Bernardes não pode nem acompanhar o movimento mental de quem diz que nossa canção hoje não tem valor.”
Fora do Brasil o seu trabalho também recebeu reconhecimento, com a nomeação para o Grammy Latino de 2018 como Melhor Álbum de Música Alternativa em Língua Portuguesa.
Na quinta-feira, dia 19 de setembro, às 21h30, vai atuar a banda “Homem ao Mar” no âmbito do projeto “Há Noite, no Estúdio”.
O “Homem do Mar” nasceu longe do mar, em 2009, do ócio, do tédio, da necessidade criativa e expressiva de cidadãos comuns, com vidas comuns; fruto do acaso, sem linhas estilísticas e movido apenas pelo bem-estar extemporâneo. Homem ao Mar é o nome sob o qual João M. Pinto e Mário Moreira usam harmonias de vozes e de guitarras para compor canções com uma atmosfera folk. Em janeiro de 2019 editam “Os Dois E.P.s” com o selo Planalto Records.
Já no sábado, dia 21 de setembro, às 21h30, será apresentada a peça “À Espera de Beckett ou Quaquaquaqua” com encenação de Jorge Louraço Figueira.
Esta peça é uma homenagem a Ribeirinho, cuja obra foi e continua a ser um exemplo de talento e dedicação, através da reedição de uma das suas características principais: a aliança entre o lado popular e o lado erudito do teatro.
Para isso, serão recriados três episódios específicos da carreira do ator e encenador: as três montagens de “À Espera de Godot” (1952), de Beckett. Esta homenagem e esta reflexão têm a forma de uma situação concreta: quatro atores tentam ensaiar uma peça de Beckett, na esperança que o autor venha assistir ao ensaio, em dois momentos particulares da história de Portugal, a seguir às eleições de 1958 e a seguir à morte de Salazar. O terceiro momento, um epílogo africano, será já com o país à beira da revolução.
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